3 Vestindo o seu Poder: Yoga e meditação amenizam estresse, afirma neurofisiologista

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Yoga e meditação amenizam estresse, afirma neurofisiologista



Shirley Telles é doutora em neurofisiologia pelo National Institute of Mental Health and Neurosciences, em Bangalore, e diretora de pesquisa do Patanjali Research Foudation, em Harjdwar, ambos na Índia. Referência nos estudos que investigam os efeitos terapêuticos da yoga e da meditação sobre a mente e o corpo, a pesquisadora já aplicou seus conhecimentos em casas de correção infanto-juvenil, moradias de idosos, empresas de tecnologia e também em pacientes esquizofrênicos e sobreviventes de catástrofes naturais. Em todos os casos, observou que a prática de asanas e pranayamas (exercícios respiratórios) ajuda as pessoas a lidar com suas aflições e medos. Ela  afirma que nosso corpo é perfeitamente capaz de produzir a química do relaxamento e que a plasticidade do cérebro, faculdade que nos permite adquirir e consolidar novos e melhores hábitos, aliada à capacidade humana de fazer escolhas conscientes, é nossa grande salvação.

A prática da yoga e da meditação, além de outras alterações no estilo de vida pode desencadear mudanças nos genes, no nível dos cromossomos, em qualquer pessoa, retardando o processo de envelhecimento.

De acordo com a doutora  essas práticas nos ajudam a gerenciar o estresse e a lidar com as emoções de diversas formas.A primeira delas é através da respiração, função que reduz a excitação do sistema fisiológico, ou seja, a atividade do sistema nervoso simpático é reduzida por meio de longas e lentas respirações. A outra é por intermédio do alongamento. Ao se realizar as posturas da yoga e permanecer nelas por certo intervalo de tempo, os músculos enviam sinais para o cérebro, que passa a liberar neurotransmissores relacionados ao relaxamento, como as endorfinas, e a reduzir a ação de substâncias como a norepinefrina, associada à ansiedade. Mesmo uma caminhada pode acarretar esses benefícios e a assimilação à  luz solar já é um  fator muito importante.

A prática regular três vezes por semana, 45 minutos por dia, ao longo de três meses, já é suficiente para desencadear benefícios. Em casos de doenças crônicas, como asma, diabetes, gastrite, hipertensão, depressão, câncer – os danos causados pela quimio e pela radioterapia são menores quando o paciente é praticante de yoga – ou estresse elevado, indica-se maior intensidade, como quatro horas por dia. Contudo, trata-se de um cuidado complementar, aponta ela.

(Fonte: Revista Bons Fluidos, publicação de 23 de fevereiro de 2013)

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